Por Saulo Pereira Guimarães
Nós, brasileiros, temos hábitos estranhos. Somos mundialmente conhecidos pela alegria. Fomos capazes de produzir três campeões de Fórmula 1 — um dos esportes mais caros do planeta — sem sair do Mapa da Fome. E assistimos novelas.
Assim como Zeca Pagodinho, pizza de brigadeiro e parente enrolado, as novelas são um produto que define nossa identidade. É sobre elas que precisamos falar.
Mania de você, a atual novela das nove, termina sexta agora. A trama conta a história de quatro jovens que se alternam em casais por anos e presenciam um assassinato, que tem consequências diferentes para cada um deles. A atração deve chegar ao fim com a marca de ter sido a menos assistida do horário de todos os tempos. A mídia especializada aponta uma série de motivos para isso. Os personagens sem carisma, a narrativa confusa e o elenco de novatos são alguns deles.
Trata-se de um desastre absoluto.
Nos bastidores, o clima é de tristeza. Dizem que Adriana Esteves faz piada e tenta rir da situação, o que não parece ser fácil. A coisa anda tão feia que, na reta final, uma das protagonistas — Viola — foi escanteada por ser chata demais. Outro protagonista — Rudá — foi morto há alguns dias. Do quarteto que conduzia a história, resistem Luma e Mavi, que formam uma espécie de casal de psicopatas — sim, eu assisto a novela.
Para piorar, Corinthians e Palmeiras decidem o Paulistão hoje, dia do penúltimo capítulo. O jogo será transmitido pela Record, que foi líder de audiência no jogo de ida.
A coisa não seria tão grave se a crise se limitasse à novela das nove. Mas a trama das sete também é uma das menos vistas da história em seu horário e a das seis não é nenhuma campeã de audiência — um cenário, inclusive, inédito na trajetória da Globo. Há quem diga que a culpa é da concorrência com os streamings, bem mais dura do que a disputa com SBT e Record. Outros culpam a dispensa de nomes consagrados e até o TikTok. O fato é que se trata de um paradoxo: nunca consumimos tanto conteúdo de ficção na televisão e nunca tivemos tantas opções de conteúdo desse tipo para consumir. A crise é sui generis.
A aposta da Globo para sair desse buraco é um remake de Vale Tudo a partir de segunda. É um melodrama clássico, que conta a história de uma mãe que vai ao Rio atrás da filha mau-caráter, com direito à morte misteriosa e tudo mais que o formato consagrou ao longo das últimas décadas. A expectativa é apenas de uma leve atualização em relação à trama original, de 1988. Se vai dar certo, só o tempo dirá. Mas já há quem aposte que até os jogos do Corinthians na Sul-Americana podem atrapalhar a boa performance da atração.
Para saber como essa novela termina, só mesmo acompanhando os próximos capítulos.
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Salve, meu povo! A última edição saiu com um dia de atraso (pelo o que pedimos desculpas), mas correu meio mundo. Marina Maciel se distraiu mais com os nomes das colegas de trabalho do que a pressão social para que eu corra. "Bora correr", comentou uma certa Ana PB, que eu desconfio que seja uma das minhas colegas de trabalho. Convite parecido me fez a Amanda Evelyn, outra corredora. Já Eliete Pereira foi direto ao ponto: "praticar atividade física é necessário. O problema é virar modismo e tornar-se dispendioso". "Estou na torcida para que lhe convençam a virar um adepto da corrida", avisou Alexandre Almeida.
Carlos Sousa, Fabíola Perez, Luana Cunha e Noeldina Lima deixaram likes no Instagram.
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Até quinta, às 8h30, aqui na Eixo.
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Há algum tempo não acompanho.novelas, mas acredito que o investimento em boas tramas não tem acontecido. Além disso, há uma gama imensa de atrações à disposição da população.